Projeto ID.EIAS

O ID.EIAS nasce após o Projeto Dimensão Cosmos 2 que mantém neste blog as suas histórias. A Escola Integral de Animação Sociocultural funciona na Rua da Estação (à beira da Estação de Comboios) em Vila Nova de Famalicão e em Santo Estevão de Briteiros, Guimarães. Qualquer contato pode ser feito através de pasec.geral@gmail.com ou através dos telefones disponibilizados no site da PASEC em www.pasec.pt. Este blog permitirá partilhar as principais histórias do projeto, novas ferramentas de Animação Sociocultural (jogos, métodos,etc) e reflexões dos jovens e grupos envolvidos.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dossier Pedagógico "Aprender o Mundo à minha volta..."

Na sequência do trabalho desenvolvido pelo EDI - Experiências de Democracia Inclusiva na Internet, nas Campanhas de Sensibilização, na Rádio, com os grupos inseridos no projecto, decidimos criar um dossier intitulado "Aprender o Mundo à minha volta". Um conjunto de materiais dedicados às crianças e adolescentes envolvidos no projecto, bem como aos animadores que as acompanham. Fica aqui a primeira parte dedicada aos grupos de crianças e adolescentes sobre as implicações de viver em sociedade.



O que é Viver em Sociedade?

Na sociedade em que vivemos encontramos muitas situações em que surgem perguntas para

as quais não temos resposta. Como tal, este capítulo vem esclarecer-te um pouco acerca do que é viver em sociedade.

No nosso dia-a-dia deparamo-nos com varias situações, em que estão presentes as pessoas, as leis, os problemas, bem como os (as) senhores (as) que tomam as decisões para o bom funcionamento do nosso país.

E é por aí que vamos começar: ”Como será viver em conjunto com as outras pessoas?”.

Tema 1 – Em comunicação desde o nascimento

Desde o seu nascimento, que uma criança se insere na sociedade, onde partilha hábitos, língua, tradições e gostos. Uma criança quando nasce, precisa dos pais e da família para cuidarem dela e a alimentarem, o que significa que as pessoas precisam umas das outras. É por isso que elas vivem em conjunto, em sociedade. A família é o primeiro grupo do qual todo o ser humano faz parte e é na família que se começa a descobrir o dom da vida. Desde que nasce, a criança é educada, protegida e amada pela sua família. Esta, vai ensinar e ajudar a criança a viver na sociedade dizendo o que é bem e o que é mal, bem como, educando-a para que esta mais tarde se torne independente e saiba viver em conjunto com os outros.

Tema 2 – Socialização, um processo construtivo

A criança, quanto mais cresce, mais aumenta a sua curiosidade em relação ao mundo que a rodeia. Na escola, em casa ou no trabalho, vive em comunidade com as outras pessoas. Ou seja, toda a gente tem vidas diferentes e é preciso termos consciência disso, pois a forma como nos relacionamos com os nossos familiares é diferente da forma como nos relacionamos com as pessoas que não conhecemos, porque o que nos une aos nossos familiares, são os laços de sangue, enquanto que ás outras pessoas, não existe nenhum tipo de ligação directa. Podemos afirmar que” viver em sociedade é aprender a comportarmo-nos com todas as espécies de pessoas, em todos os tipos de situações”. O trabalho e a escola servem de ligação para o convívio com outras pessoas, bem como, para a troca de ideias, na rua ou noutros espaços inclusive. A isto, chama-se socialização.

Tema 3 – Contactar com a sociedade

No nosso dia-a-dia cruzamo-nos constantemente com várias pessoas. Umas conhecemos e estabelecemos algum tipo de relação, enquanto que outras, são-nos completamente desconhecidas. Podemos dizer que vivemos no meio de milhões de pessoas e que nos agrupamos a algumas delas, quer seja na escola, nas compras ou ate mesmo no trabalho, não só para trabalharmos, mas sim para nos entre ajudarmos, trocarmos e partilharmos descobertas, emoções e ideias. Ou seja, precisamos de estar em constante contacto com outras pessoas para nos sentirmos apoiados, seguros e amados.

Tema 4 – País, uma forte influência no processo social

Não é só a vida das pessoas que é diferente. Por exemplo: o país em que vivemos também é diferente de todos os outros, bem como a sua história, as suas tradições e a sua cultura. No nosso mundo, existem centenas de países que encaixam uns nos outros, como se fosse um puzzle, mas alguns países são maiores e outros são mais pequenos. Em cada país, existe uma cultura, uma língua, hábitos alimentares, hino nacional, história, moeda, desportos, selos e símbolos bem como monumentos e características que os distinguem uns dos outros.

Quando se vive num país, herda-se a sua história, as suas ideias e os hábitos. As pessoas importantes da história de um país estão representadas nas notas e nas moedas. Cada país possui um exército que está encarregado de o defender, em caso de perigo. As equipas nacionais usam fatos com as cores do seu país. A população da Terra não pára de aumentar e a sua grande diversidade não impede nem as semelhanças nem as ocasiões de as pessoas se encontrarem. As pessoas habitam por todo mundo e estão espalhadas por todos os lugares da Terra. É certo que ninguém tem os mesmos hábitos, religiões, língua, nem a mesma cor de pele. A única coisa que todo o ser humano tem em comum, é o facto de viverem no planeta Terra. E é isto que devemos ter em conta: pelo facto de o planeta Terra ser a única coisa em comum para toda a gente, é importante protegê-lo e conservá-lo, para que as nossas futuras gerações, tenham um meio saudável para viver. Pelo mundo inteiro, fazem-se trocas de culturas, bens e tradições, para que toda a gente tenha acesso a elas.

Tema 5 – As leis

Outra das perguntas que nos surge com frequência, é: “O que são e para que servem as leis?”. Desde sempre, as pessoas estabeleceram regras para viverem melhor, em conjunto. Estas regras dizem respeito a todos os aspectos da vida colectiva. É importante referir, que as regras, são também conhecidas por leis, pois indicam o que é permitido e o que é proibido fazer. Toda a gente tem e deve obrigatoriamente respeitar as leis do meio onde vive e do seu país para que a vida em comunidade não se torne uma enorme confusão. Se cada um de nós fizesse o que lhe apetecesse, a vida seria uma confusão e uma completa desordem. Por exemplo: se os condutores circulassem por onde lhes apetecesse, haveria muitos mais acidentes. As leis dão a todos os habitantes de um país direitos e liberdades, mas, também deveres. Tanto as crianças, como os adultos e os animais, têm direitos. Entre eles, podemos referir: o direito de igualdade, direito do trabalho, á saúde, aos estudos, liberdade de expressão e o direito ao respeito. O ser humano tem o dever de ajudar os outros e de ser ajudado.

As pessoas que estão encarregues de fazer as leis para o bom funcionamento de um país, chamam-se deputados. Os deputados estão encarregues desta tarefa, porque se de cada vez que fosse preciso fazer uma lei, toda a gente teria de se reunir e seria uma enorme confusão. Como tal, os cidadãos elegem deputados que tomam as decisões e estão encarregues de os representar.

Ao pensarmos sobre este assunto questionamos: “Afinal, como é que se faz uma lei?”.

É simples: de cada vez que surge um problema importante na sociedade, é preciso inventar uma nova lei para o resolver. Mas esta lei, só é aceite, se todos os deputados estiverem de acordo. Como tal, a partir do momento em que a lei é aceite, é preciso aplicá-la. Ou seja, toda a gente terá de a respeitar e cumprir. No nosso dia-a-dia, deparamo-nos com imensas leis, com as quais temos que as cumprir. Algumas, estão presentes em casa, quando temos que fazer o que nos mandam, na escola, no trabalho, bem como, na estrada. Os polícias existem para aplicar e respeitar as leis de trânsito, para que tudo corra bem.

“E se estas leis não forem cumpridas, o que é que acontece?”. Caso as leis não sejam cumpridas, deve-se recorrer á justiça, onde os juízes tentarão resolver o problema. A justiça está encarregada de resolver os problemas entre vizinhos, roubos, divórcios, entre outros. Quando alguém é acusado de ter cometido alguma infracção, essa pessoa é julgada pela justiça e se for culpada é punida conforme a lei, mas caso seja considerada inocente não lhe acontece nada. Todos os cidadãos têm o direito de ser considerados iguais, perante a justiça. As pessoas que são submetidas a tribunal, têm o direito de serem sempre defendidas por um advogado. As punições que são aplicadas em tribunal, são de acordo com as leis e com o problema em questão. De país para país e de umas épocas para as outras, as leis não são sempre as mesmas. Adaptam-se, á evolução das ideias e da vida de um país, com o passar do tempo. Por exemplo: há muitos anos atrás, as crianças eram obrigadas a trabalhar e hoje em dia, não. Só ia á escola quem era rico, porque quem não era, ia trabalhar para o campo com a família. As leis são diferentes em todos os países, e quando alguma já não se adapta á actualidade, é mudada.

Tema 6 – Quem toma as decisões em nome de um país

Depois disto, é altura de te esclarecer sobre as pessoas que tomam as decisões para o bom funcionamento do país, como por exemplo: o Presidente da Câmara e o Presidente da República. Quer vivamos numa aldeia ou numa cidade, todos temos um Presidente da Câmara, que é eleito de 4 em 4 anos e que tem como dever, garantir a segurança da população, realizar projectos que melhorem a vida dos habitantes e gerir o dinheiro do Município, de forma a que este seja bem utilizado.

Para tratar dos assuntos de um país, existe o Presidente da República, que trabalha com os homens e mulheres que fazem parte do Governo. O Presidente, é eleito pelos cidadãos e tem como dever: tratar dos assuntos do país, bem como, representá-lo por todo o mundo. Como tal, este, viaja principalmente pela Europa, que é constituída por vários países em que estes, tomam decisões em comum, no que diz respeito á agricultura, comércio, ambiente, entre outros assuntos. Nestes países, está presente a democracia, em que os cidadãos escolhem livremente, os homens e mulheres que os representam por um certo tempo limitado. No fim deste tempo, se os cidadãos acharem que os homens e mulheres que elegeram não estão a fazer um bom trabalho, podem eleger outros.

Os cidadãos para elegerem, devem primeiro saber quais são as coisas que os candidatos se propõem a fazer. Depois, no dia das eleições votam naquele que acharem que fará um melhor trabalho e, depois de os votos serem contabilizados, ganha quem tiver mais votos.

Tema 7 – Os problemas da sociedade

Por fim, existe um assunto muito importante que deve ser tratado: os grandes problemas da sociedade, com que nos deparamos no nosso dia-a-dia.

Entre elas, as desigualdades entre os homens e mulheres, que são múltiplas. Existem pessoas que ganham muito dinheiro e outras que ganham muito pouco, o que faz com que algumas pessoas tenham uma vida estável e segura e outras, passem necessidades. Como tal, é obrigação do Estado, reduzir as desigualdades entre os cidadãos, criando sistemas de auxílio. Estes sistemas, consistem em dar dinheiro aos desempregados, dar um salário á pessoas doentes, bem como, proporcionar a reforma aos idosos. Contudo, muitas vezes, estas ajudas são insuficientes.

Sub - tema 7.1 – Os direitos

Outro dos problemas que abrange a nossa sociedade, é a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Em Portugal, as mulheres já podem fazer as mesmas coisas que os homens, mas aquilo que recebem em relação a eles, é menor. Noutros países, as desigualdades são mais acentuadas, em que as mulheres só são consideradas “úteis” para estar em casa a tomar conta dos filhos, não podendo trabalhar, dar opinião, nem sequer conduzir.

Sub - tema 7.2 – O racismo

O racismo é outro dos inconvenientes e um dos mais acentuados na humanidade. Ou seja, as pessoas são racistas, porque não gostam das pessoas que são de cor e de nacionalidade diferente, e por esse mesmo motivo, criam ódio para com elas. O que devemos ter consciência, é que: não existem “raças”, existe apenas a raça humana, e o facto de não gostarmos das pessoas que têm uma nacionalidade, cor ou religião diferente, estamos a prejudicá-las, porque assim, estas pessoas têm mais dificuldade em arranjar emprego e sítio para viver. E como diz o ditado: “Todos diferentes, todos iguais”.

Tema 8 - Multiculturalidade

Portanto, devemos ajudar as pessoas que precisam e que são diferentes de nós, visto que, muitas delas vêm de países pobres, onde as pessoas passam fome e são vítimas de guerras. Estes países, possuem falta de alimentos, de cuidados, de educação e têm muitas doenças. É por isso que existem campanhas de solidariedade, onde podemos ajudar estas pessoas a terem uma vida melhor e incentivar ao fim das guerras que destroem

as casas das pessoas.

Com tudo isto, é preciso saber ajudar e respeita os outros, participando em campanhas de solidariedade, em que podemos contribuir dando dinheiro, comida, roupa, etc. Devemos também, respeitar os outros, tendo em conta a sua segurança, o seu conforto, a sua personalidade e o seu espaço pessoal.

Ao termos cuidado com os outros, temos cuidado connosco e assim tudo se torna mais agradável para toda a gente.



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Projecto Democracia Viva

A Associação Académica da Universidade do Minho e a Rádio Universitária do Minho estão a Desenvolver o Projecto Democracia Viva. A AAUM e a RUM, pretendem estimular a discussão sobre o processo democrático e incrementar a participação activa e democrática em Estruturas Sociais e Organizações Juvenis. O objectivo fundamental deste projecto é dotar jovens de uma percepção sobre a Democracia, as Organizações Europeias e como os jovens podem envolver- se enquanto cidadãos na construção democrática e em projectos de programas europeus de Juventude.

O Projecto é financiado pelo Programa Europeu Juventude em Acção e fruto do repto lançado pelo Sr. Presidente da Républica, Prof. Dr. Anibal Cavaco Silva à participação activa da Juventude no Processo Democrático.

Workshop Democracia Participativa

No dia 25 de Janeiro de 2010, o Projecto Bom Sucesso promoveu um Workshop em que envolveu todas as entidades do consórcio, uma actividade destinada a agentes de intervenção social local, associados a projectos dirigidos a públicos com características de maior vulnerabilidade a fenómenos de exclusão.

O Workshop “Plano B” está inserido no Projecto “Democracia Participativa e Igualdade de Oportunidades – uma estratégia de capacitação para agentes de intervenção local” e com esta iniciativa visou-se capacitar os agentes de intervenção social local ao nível de conhecimentos teóricos, competências técnicas e atitudes necessárias à promoção da Democracia Participativa como factor de integração social e promoção de igualdade de oportunidades nos seus contextos de intervenção.

Enquanto estratégia integrada de desenvolvimento de competências (cognitivas, técnicas e sociais), este projecto orienta-se por uma lógica de investigação-formação-acção, numa síntese permanente entre a teoria e a prática, entre a experiência, a reflexão e a aprendizagem.

Durante todo o dia foi possível debater as questões que nos pareceram mais frágeis, antevendo alguns potenciais problemas no âmbito do nosso projecto e experimentar um jogo de simulação, reforçando os laços entre os parceiros e a vontade de trabalhar em conjunto. Tivemos a participação de 23 elementos que irão trabalhar entre si de modo a promover o projecto entre os jovens e crianças de Olhão.

Foi uma experiência muito satisfatória, pois durante o jogo percebemos que existem erros graves que podem ser poupados se existir uma comunicação saudável, percebemos ainda a potencialidades da ferramenta de Trabalho “Educação Não Formal”.



OIDP – Observatório Internacional de Democracia Participativa

O OIDP promove o intercâmbio de experiências sobre democracia participativa no âmbito local e está aberto a todas as cidades do mundo. Esta rede, criada em 2001, no âmbito dos Projectos de Cooperação Descentralizada do Programa URB-AL da Comissão Europeia, promove várias actividades e conferências, nomeadamente uma conferência anual internacional, onde fomenta a partilha de experiências e conhecimentos ao nível da democracia participativa.Neste sentido, promove ainda a distinção OIDP – Boa prática em participação cidadã, que visa o reconhecimento de experiências inovadoras neste campo. Através do site do Observatório, podemos consultar de entre outras coisas, estudos e documentos no banco de experiências.

De entre os objectivos do OIDP, destacam-se, entre outros, o incitamento de cooperação entre os governos locais; avanço na aplicação prática de experiências de democracia participativa e aprofundamento de conhecimentos, e ainda fomento de criação de mecanismos e sistemas de avaliação a nível local que permitam a maior participação dos cidadãos nas questões democráticas.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Escola Aberta Cosmos de Landim expande a sua acção

O Grupo Espaço Zero (Inicialmente designado por Novidade) tem vindo a reflectir nas suas reuniões a realidade da exclusão social. O grupo tem reflectido acerca dos sentimentos que as pessoas que são excluídas enfrentam, que situações de exclusão existem na nossa realidade a nível local, regional, nacional e mundial, porque é que as pessoas excluem os outros, o que significa realmente exclusão social, o que fazer para combater este problema. 
Esta Escola Aberta Cosmos encontra-se agora com novos elementos, fruto da expansão e divulgação do trabalho realizado pelo grupo. Desta forma, o projecto Dimensão Cosmos 2 atinge mais duas duas freguesias do concelho de Vila Nova de Famalicão. O grupo é constituído actualmente por 15 elementos, de 3 freguesias diferentes.